sábado, 26 de dezembro de 2009
Eis que chega a roda viva...
No primeiro post do blog, falei sobre minhas resoluções para 2009. O tempo rodou... Numa atitude de moça saudável e organizada (ha!), hoje, mais uma noite de insônia quase em 2010, resolvi dar uma espiadinha nele. Porque rola todo aquele papo de “balanço de final de ano” e tal...
Sabe que até fiquei faceira?! Aprendi as regras da nova ortografia, voltei a conviver mais com minhas amigas e amigos e escrevi (não tanto quanto gostaria...). Ok, ainda tenho que me exercitar com mais regularidade, comer melhor e não deixar tudo pra última hora. Mas, entendam, sou ariana... (!)
Agora paro pra pensar no que realmente aprendi durante esse ano. Confesso: não foi muito. Mas já foi um começo...
Aprendi a prestar mais atenção às coisas que me dão prazer. Descobri que tenho que ser menos exigente comigo mesma. Que tenho o direito de fracassar. Que não estou sempre 100%, e isso não é o fim do mundo. Percebi que sempre me achei uma boa amiga, mas tenho que começar a ouvir mais e falar menos.
Aceitei o fato de que sou competente, talentosa e inteligente, e não tenho que pedir licença nem desculpas ao mundo por isso. Descobri que sou filha de Iansã e de Ogum (salve, Jorge!) - mas que, às vezes, sou tão chorona que “até pareço filha de Iemanjá”.
Perdi 50 quilios. Ganhei cinco novos e deliciosos amigos. E entendi, finalmente, que nem os 50 quilos a menos nem os cinco amigos a mais vão resolver todos os meus problemas. Vi que sou vaidosa, orgulhosa. Que, tal como criança mimada, ainda tenho que aprender a lidar com a frustração e a rejeição. Comecei (um começo beeeem no começo!) a aprender a conviver comigo mesma. Que o silêncio pode ser bacana, e que um dia eu vou dizer “eu me basto” e estar falando a verdade.
Ainda, em 2009, quase me apaixonei uma vez e, por isso, quase cometi os mesmos erros de quando tinha 21. (Eu disse “quase”!) Finalmente tatuei no braço aquela frase de Blackbird. Coloquei a tão sonhada “cortina de puteiro” no apartamento que é só meu (com a ajuda paciente da Alemoa pra desfazer o emaranhado de continhas!). Usei filtro solar no rosto (quase) todos os dias.
Beijei quem não devia, não beijei quem eu queria. Perdi algumas oportunidades de ficar calada. Parei de roer as unhas. Deixei o cabelo crescer. Fiz coisas adultas como comprar um martelo, água mineral e um aspirador de pó. Fiz coisas imaturas como gastar além da conta, comer chocolate de manhã e mentir pra minha mãe. (Sorry, mamis!)
Deixei de sair com amigos pra ficar em casa vendo seriados de tv. Saí com amigos quando devia ter ido pra cama cedo. Descobri que adoro vodca com energético. À custa de ressacas nada agradáveis, aprendi que não adianta pedir vodca com sprite quando tô sem grana que não é a mesma coisa!
Comprei mais livros do que consegui ler. Assumi, pra mim mesma, que às vezes sou superficial (e daí?) e adoro folhear uma revista de fofoca nas salas de espera por aí. Quase tive um treco quando vi que ia ter uma novela nova do Manoel Carlos. Liguei pra minha mãe chorando quando entrei num jeans tamanho 38. Minha mãe me ligou chorando quando meu tio foi diagnosticado com câncer. Minha tia me ligou chorando pra dizer que a cirurgia dele tinha rolado perfeitamente bem.
Fui pra Buenos Aires sozinha. Voltei com dois novos amigos sulafricanos divertidos, amáveis e aventureiros na mochila. Ganhei um convite pra conhecer a Cidade do Cabo ano que vem. Perdi a chance de beijar um dos sulafricanos porque fui covarde e insegura. Fui pra um hostel em Floripa. Voltei com um alemão maluco de carona no meu carro. Não, não quis beijar o alemão!
Experimentei, pelo menos duas vezes, aquela sensação maravilhosa de “nossa, mas parece que a gente já se conhece há tanto tempo, né?!”. Penei, pelo menos em umas três ocasiões, com aquela sensação terrível de “mél déls, mas essa pessoa não dá a mínima bola pra minha existência!”.
Fiquei abalada quando meu ex me contou que vai casar novamente, que ela está grávida, e que o bebê terá o nome que eu queria dar se tivéssemos um filho quando estávamos juntos. Depois me dei conta que não queria casar com meu ex. Nem ter filhos com ele. E que gosto muito mais de “Joaquim” do que de “Bernardo”.
Roda mundo, roda gigante, moinho, pião... E 2010 se apresenta! Com ele, a sensação de que tenho que fazer novos planos, novas resoluções. Ok!
• Quero fazer mais exercícios, comer melhor e não deixar tudo pra última hora (ha!).
• Vou tirar a maquiagem antes de dormir.
• Quero ser mais paciente e menos impulsiva. Aprender a esperar o desenrolar das coisas e aceitar que não tenho controle sobre tudo.
• Vou mandar consertar o vazamento na descarga do meu banheiro.
• Aceitar o fato de que sou assim, à flor da pele. Que ninguém tem nada com isso e quem tem que aprender a lidar comigo sou eu mesma.
• Quero beber mais água e menos coca cola zero.
• Preciso aprender a dizer “não”, a desistir quando for necessário, a perceber quando é hora de ir embora.
• Vou trocar com mais frequência o saco do aspirador de pó.
• Quero ler os livros empilhados na mesa de cabeceira antes de comprar novos.
• Entender que preciso traçar metas realistas pra mim, e que, se eu não conseguir realizar tudo a que me propus, tudo bem. Não será o fim do mundo!
Admito que esse texto é mega pessoal e não sei se alguém vai ter interesse em ler ou até mesmo tirar algum proveito dele. Na verdade o que importa é que, pra mim, escrevê-lo foi muito legal. Digo isso porque outra coisa que aprendi é que tenho que parar de me preocupar tanto com o que os outros pensam. Que não tenho (nem posso) ser unanimidade e ninguém é obrigado a gostar de mim. E que isso TAMBÉM não é o fim do mundo... Tóin!
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Um comentário:
Adoreii!! Parabéns Bru! é sempre muito legal sabermos de nós mesmas e nos conhecermos cada vez mais. Isso significa: CRESCIMENTO!
QUE 2010 SEJA REPLETO DE LUZ E MUITA ENERGIA POSITIVA!
CRESCIMENTO E SUPERAÇÃO.
BEIJOCASSSS
TUDO DE BOM!
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